Tuesday, July 25, 2006

Um amor feliz

Segundo o livro:

Um amor feliz não tem história.

Curiosa afirmação....

David Mourão Ferreira

Já há muito tempo que tinha planos para começar a ler o: Um Amor Feliz. É um livro de David Mourão Ferreira, que teve muito sucesso e foi muito apreciado pela critica. Eu lembro-me dele ter sido oferecido ao meu pai...Foi durante os 80 e 90 uma quase biblia dos homens com pretensões de playboys (naquela meia idade que ainda permite o devaneio e a loucura...).

Bem eu estou velho mas não assim tanto, mas o escritor é bom e o livro está bem referenciado por isso seguindo um post duma colega minha comecei a ler.

É bonito, é bem bonito o raio do livro...Este senhor é um gigante da nossa literatura e mostra a sua bela forma de escrever.

Aqui vou pôr uma passagem que me chamou muito à atenção, é uma descrição tão bonita de alguém, a mim tocou-me e fez-me lembrar:

(...)E o certo é que nenhuma outra mulher antes de eu conhecer a Y, se me afigurou simultaneamente tão bela e tão simples, nem tão sensível na sua inteligência, nem tão inteligente na sua sensualidade.
Acompanhando tudo isto, como fundo sonoro de tudo isto: o volume, o timbre, a altura da sua voz, toda ela em tons sépias, com aquele irresistível pendor para o sussurro, o murmúrio, o segredo, a confidência, situando-se muitas vezes na fronteira indecisa entre o silencio e a palavra. Frequentemente me assalta, a seu lado, a suspeita e o pânico de que estou a ficar surdo. Talvez, esteja.(...)


Leiam o livro é bonito....

Thursday, July 20, 2006

Isto merece um post...

Por favor sigam este link, merece bem os minutos do vosso precioso tempo: http://en.wikipedia.org/wiki/Pimba

Mas para aqueles que não querem fazê-lo aqui vai uma pérola:

Ponho o carro, tiro o carro, à hora que eu quiser
Que garagem apertadinha, que doçura de mulher
Tiro cedo e ponho à noite, e às vezes à tardinha
Estou até mudando o óleo na garagem da vizinha!
I put my car, I take out my car, anytime I want to
What a tight little garage, what a sweet woman
Take it early and put it at night, and sometimes in the evening
I'm even changing the oil in the neighbour's garage!


Para todo o mundo ver o nivél do nosso grande Quim Barreiros. E na realidade, porque não?! O homem toca musica popular, é simples, mas é animada, a letra é engrançada, faz-nos rir, por isso porque não.
É verdade que em Portugal se faz melhor, há outros mas este canta e toca uma música que é nossa e no fundo no fundo todos gostamos...

Por isso todos juntos toca a entoar este hino:

Ai pute de cáre, Ai teique de cáre...


(Acho que é por isto que a avançada China cortou o acesso a este site, a este e a este também para que ninguém se ponha a publicar coisas destas)

Manhãs

Hoje de manhã ouvi Zé Cid....
Só por si, isto merecia um post, mas ouvi uma das novas músicas, do novo albúm: "Café Contigo" em As Melhores Baladas de Zé Cid, e gostei!

A letra é catita e fez-me pensar em ti.

Wednesday, July 19, 2006

o ALKASELTZER da Raiva

Esta teoria foi desenvolvida ontem à noite e parece-me extremamente válida...Vamos ver se resiste ao número gigantesco de comentários, tão caracteristicos deste blog.

A raiva é como uma pastilha de ALKA SELTZER, redondinha e bonita que em contacto connosco e com eventos catalizadores se começa a dissolver, as bolhas invadem-nos e percorrem-nos o corpo e buscam uma saída...
...Aí mudam as pessoas e as reacções, há quem as deixe sair pela boca e com isso inicie uma discussão, à aqueles que "fecham" a boca à saida das bolhas e as façam sair por outros pontos do corpo: Suor das mãos, tremeliques constantes, gestos repetitivos (vulgo tiques), respirações profundas.

Eu só sei que tenho um grande número de gases...

Tuesday, July 18, 2006

Ás vezes

É pá, ás vezes fico mesmo a pensar que sou um hipócrita do pior. Farto-me de dar conselhos sobre calma e diplomacia no escritório, tento que toda a gente tenha paciência, visão e principlamente paciência (duplicado porque sou um bocado cristão no "dar a outra face" e achar que toda a gente pode errar e devemos ter calma nos julgamentos).

Mas porque raio não podem as pessoas reagir com um pouco mais de sinceridade. Tenho diplomacia e tacto e paciência e sempre a mania de ver as coisas pelo lado das outras pessoas mas porque raio tem de ser assim. Sinceramente sinto-me às vezes um pouco hipócrita e falso, porque, se calhar e só se calhar sou mesmo. Sinto que às vezes uma peixeirada bem metida pode ser uma solução correcta.

...Assim da minha maneira ficam as coisas a remoer por dentro e custa para caralho digerir tudo e limpar do nosso organismo, que ao menos fosse como a comida que está despachada em menos de um dia, mas aqui não há viagens bi-diárias à casa de banho...

Dilbert

O Dilbert representa uma coisa curiosa: É um cartoon que é engrançado quando estamos a estudar e é tão cruelmente hilariante quando estamos a trabalhar.

...Há sempre um chefe assim, um colega assim ou uma situação que se pode aplicar. Dá para rir ou às vezes dá para rir e pensar.

Se quiserem ver o Dilbert do dia carreguem aqui...

Wednesday, July 12, 2006

O trabalho

Cada vez me convenço mais que ninguém está fodido da vida por causa do trabalho. Podemos dizer isto mas na realidade o que acontece é que também estamos fodidos no trabalho, ou até no trabalho estamos fodidos...A vida é complexa todos sabemos, mas o trabalho é apenas parte dela (maior ou menor) e por isso quem anda no trabalho fodido da vida tens mais que muito trabalho e muitos problemas...Tem a vida fodida!

(é bom ter um blog para partilhar estas ideias totalmente parvas e totalmente minhas)

Almoço convívio


Acho que está na altura de marcarmos um almoçareco.
Há sugestões para local e data?

Monday, July 10, 2006

Afinal...

Não ganhámos nada. O Eusébio e os magriços ainda são os maiores e 40 anos depois quase que chegámos lá...

...É assim mesmo, toca a olhar para trás e recordar as coisas boas. Bebedeiras, coboiadas, festas, gargalhadas...foi bom.

Mas como tudo, ver a Itália aos saltos deixa sempre um certo amargo na boca, deviamos ter sido nós, porquê eles, será que são melhores, será que foi a sorte que nos abandonou, vamos lá olhar para as coisas boas que ficaram disto tudo e aguentar e seguir em frente.

Recordar é viver....não sei porquê esta frase parece-me um bocado estúpida neste momento...hoje e para que conste aqui no blog está uma lua espetacular no céu.

Wednesday, July 05, 2006

A França ganhou

Pois é, havia entusiasmo, medo, respeito, cagaço e principalmente alguma confiança que ia ser desta...mas não foi. Hoje muita gente viveu a ansiedade da chegada das 8 horas... Bandeiras, cachecois, t-shirts (é engraçado como deixou de ser farçola o verde e vermelho...até fica fashion), lenços e caras pintadas, tudo estava pela rua, pelos bares e pelos pontos de vistoria de jogo e claro a glorificação máxima da influência do Scolari no povo português, o renascer da importância da bandeira.
Eu tinha uma esperança, até quis criar um desígnio nacional, parece que não tenho grande influência. Por acaso tinha criado um talismã para esta vez: a camisola da seleção tinha atrás a Cruz de Cristo e eu achei que este simbolo ia dar sorte, trazer fortuna suficiente para chegar mais longe...(eu sei que sou freek, geek e outras coisas por merdinhas históricas mas aquela Cruz, gosto...até o Belenenses me apraz pelo simbolo que usa).

Vi o jogo num sitio calmo: em casa. Lembri-me de 1982: foi na mesma sala, no mesmo sofá; está tudo muito parecido, a televisão é maior agora e os sofás são novos, mas a disposição era aquela, estava tudo muito parecido, quase tudo, a companhia é diferente e isso não deixa de custar um bocadinho...
Mais uma vez os que têm o galo na camisola acabaram por ficar contentes no fim e os que têm a cruz e as quinas sairam a chorar. Outra vez jogamos bem, até jogámos bonito mas ficou o amargo na nossa boca e os franceses ficaram com a festa...Amanhã os emigrantes vão trabalhar de cabeça baixa, os franceses irão por todo o lado passear a sua superioridade futebolística (depois de se borrarem todos e verem a bola passar de pé para pé) e nós vamos beber muito menos e gozar muito menos...
Eu, sentado no sofá, principalmente recordei 82, a raiva que fica, a sensação do "não devia ser" e faltou-me alguém para discutir isso, a sala até é a mesma, a companhia não é...

Parece que a França acabou por nos mostrar mais uma vez, o nosso lugar no futebol; a mim a vida hoje mostrou mais uma vez o meu lugar. Perseguimos o sonho mas acabou por ser demais, um outro leva o troféu e ficamos com a consolação de olhar para trás e ver os momentos bonitos passados; persegui um sonho, o troféu está longe demais e os momentos bonitos passados não me consolam. Agora depois do ultimo jogo a equipa volta a casa, sofre-se com isto e depois tenta-se outra vez; eu depois de acabar isto, volto a casa para sofrer mais um bocado e depois se calhar acabo a tentar de novo...

Porra perdemos outra vez, não é que afinal a França que lá vai tentar a taça..., que se lixe 2000 repetiu-se 82 com menos umas pessoas a ver e eu...acabei tão triste.

Monday, July 03, 2006

Por falar em estarmos velhos...

Da última vez que jogámos com a França vi o jogo em Munique, foi em 2000 e tinha acabado de chegar ao mundo do trabalho. Depois de um momento de incrivél alegria que foi despachar a Inglaterra, vi os jogos seguintes em Madrid e depois lá fui ver o fatidico jogo ao belo do Murphy's.
Para quem não conhece este é um bar irlandês e nunca esperei que acabasse cheio de franceses pintados e artilhados... Soube tão bem gritar golo bem no meio deles e vê-los sofrer...acabou mal, para os portugueses.

Mas sinto-me velho por me lembrar bem do jogo do Europeu de 84 com Platini e Tigana, contra os bigodes de Chalana, Bento e companhia (havia o Jordão e o Néné sem bigode mas era a marca mais certa da selecção nacional). Lembro-me de estar com o meu pai em frente ao televisor, gritar com o segundo golo do Jordão, ver os franceses sofrer e ver-nos cair aos pés deles no prolongamento. Um grande sentimento de revolta e desilusão...Foi à mais de 20 anos!!

Já passou muita coisa depois disso, mas fica o desejo máximo: gostava que Portugal encavasse os franceses. Teria um especial prazer em que Portugal ganhassse, pelos emigrantes, pelas festas que se farão....e especial pela recordação de 84 (do futebol e de tudo o que gira à volta dele e daquela partida).

Façamos de encavar os franceses um desígnio nacional.... Eu vou fazer muita força para que isto aconteça.

Será que estamos velhos...

Isto é, apesar de tantas coisas que nos fazem sentir velhos, pró bem porque velhos = experientes e pró mal velhos = coitados dos velhinhos, hoje dei por mim com mais uma coisa que me deixou a pensar...(sim tenho trabalho mas a cabeça tem o direito de fugir um nadinha).

No grupo dos homens com trinta (e quase trinta e trinta e tais) aconteceu hoje um dizer que está apaixonado e que está a viver uma história de enamoramento...Qual é a curiosidade? Bem há muito tempo que não ouvia um amigo meu a dizer isto, parece que ultimamento só vejo/oiço histórias tristes ou histórias muito tristes.

Será uma questão de idade? Será que agora aos trinta apenas se fala de merdas más quando o tema é relacionamentos...
(Mesmo que seja de A com B deixando C mal mas aparecendo com um andar novo depois de A comprar em Z um instrumento com o qual perfurou partes de B...).

Bem ao menos hoje ouvi uma história bonita, fez-me sentir melhor, se calhar não somos nada velhos, ou mesmo sendo ainda podemos ser putos...(ou pelo menos viver as coisas com o entusiasmo de putos)...é que o que nós queremos sei eu bem, e bem daí às vezes parece que não.

(como serão os romances entre os chineses, como será que começam, que eles são uns lamechas é verdade, mas haverá flores, bonbons e chás marados...e "one night stands" será que rola disso na China)

PS: da próxima vez tenho que escrever o post antes de o pôr aqui, só para não ser caótico como a minha cabeça é.