Mezclate conmigo

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A senhora Chatterley

Esta sexta fui finalmente ver o muito aguardado (de minha parte) Lady Chatterley. Uma nova adaptação do romance de D.H. Lawrance sobre esta senhora.

O filme não é excelente, é parado (especialmente para um sexta ao fim do dia) tem uma narrativa que anda aos empurrões e muitas das imagens naturais mais não têm que um sentido decorativo...Mas mesmo com tudo isto gostei muito do filme.

Principal ponto, as cenas de amor entre a lady e o couteiro estão extremamente bem feitas, pouco explicitas mas onde todos os detalhes dos actores devem ser vistos pois revelam muito do estado e da evolução das personagens.
Claro que o papel reservado para a Constance Chatterley necessita de muito da actriz e de forma geral está muito bem ensaiada a demonstração da evolução que a personagem sofre.

No fim do filme fica claro a vontade de: um ter uma cabana daquelas onde o prazer pode ser descoberto e partilhado e claro a vontade de fazer amor à chuva....fez uma cena bem bonita.

Manhãs

Existe muita forma de explicar isto mas uma muito válida é chamar-lhe cansaço: estou cansado.

Vejo isto na forma como o despertador acaba sempre por tocar depois da 8 da manhã, como venho para aqui na antecipação dos problemas que tenho para me chatear, da desmotivação em tomar atitudes de alcance maior que o imediato resolver de problemas.

Acho que isto é o resultado do cansaço acumulado e da desilusão mas realmente preciso de férias...sem telemóvel, sem problemas, sem nada.

Esta manhã, para mim, está a ser o arquétipo de: estou claramente farto disto...

Thank God for Tarantino

Dá para ver pelo titulo que gosto do senhor realizador.

Este sábado fui ver o Death Proof. Gostei imenso do filme.

A experiência foi toda interessante uma vez que começou num restaurante novo, passou por convencer alguém que não pode com filmes de terror a ir ver este e depois de muita conversa de convencimento lá conseguimos (trabalho meu partilhado com o namorado da pessoa em questão)...Quando acabou o filme saiu tudo rendido, muito bom.

A história do filme é ridiculamente reduzida, todo o conceito do Tarantino foi replicar os filmes série Z que eram feitos nos anos 70 e que serviam apenas para encher quando se exibiam sessões multiplas em drive-ins ou cinemas manhosos ( a este proposito existe um filme do Robert Rodriguez a sair que servirá para fazer com este uma sessão dupla)...Não portanto falar da história do filme.

Como noutros filmes do Tarantino ficam os excelentes diálogos e a banda sonoro muito cool. Depois destes elementos existem em toda a história, detalhes tão interessantes como irrelevantes para o desfecho final: neste filme destaco as mensagens de telemovél.

Outro detalhe que reparei, no genérico inicial falava-se da participação de Sidnei Poitier e eu esperei pelo galadoardo actor...Com a ajuda do blog Cinerama descobri que esta "senhora" é a filha do actor Sydnei Poitier e era a moça que fazia o papel de Jungle Julia.

Vão ver é divertido, muito.

Hoje de manhã

Apanhei esta musica e desta vez não resisti a ir ver a letra...Epá gostei, da musica e da letra acho que mais os Da Weasel mostraram que são bons. Destaco este bocado porque foi o que me agarrou, o resto foi curtir:

Ligo directo para a caixa de correio só para ouvir atuavoz / Sei que é cena fora mas todo o dia chega a hora / em que o lado esquerdo chora quando se lembra de nós / A vida corre tranquila, cada vez menos reguila / meto guita de parte e a cabeça não vacila tanto / Para minha alegria e meu espanto / Pode ser que o passado fique por onde deve estar: / No pretérito imperfeito, já que não é mais-que-perfeito, / Este é um presente que eu aceito ( continua...)

(Mundos Mudos)

Memories are wonderful things, if you don't have to deal with the past...

Sábado deu o filme donde tirei esta frase... Before Sunset, a continuação do filme Before Sunrise, o reencontro do par Ethan Hawke and Julie Delpy 9 anos depois.

Se o primeiro filme era uma comédia romântica de um "one night stand" em Viena, ligeiro e sem grandes problemas, este segundo tornou-se numa coisa muito mais negra.

Primeira coisa que me agrrou ao ecrã: o filme mostra um dialogo, sem situações ou paisagens (que não relevantes para o desenrolar do texto) que o distraiam do principal, o texto, o scrip, o dialogo continuo do par de actores.

Este diálogo agarrou-me por completo, 9 anos depois do romance idilico os problemas amontoam-se, as vidas seguem o seu rumo cheio de desilusão e conformismo...Tudo embrulhado por um continuo sentimento de desencontro e principalmente de felicidade perdida.
Filme muito triste, muito certo e no fundo muito real...agora sim um filme romântico. Romântico porque aborda o romance com todos os seus impactos, ilusões e desilusões.

No fundo um filme muito triste, com uma mensagem bem interessante e que fez uma noite de sábado passar cheia de imagens, memórias e pensamentos. Fica claro o clip:



( e descobri que isto realmente aconteceu a imensa gente pois todos dizem que esta é a história da vida deles, não é a minha mas fez-me pensar...muito)

Série + História

Acabou ontem a emissão na RTP2 de uma serie que adorei e da qual já falei. A série é Rome e a história é simples, juntar um percurso atribulado da História de Rome com uma telenovela ou seja algumas historias familiares e de amizades cruzadas junto dos grandes interpretes da História (a de H grande).

Ontem morreu o Marco Antónia, a Cleópatra foi mordida pela aspide e tudo correu como é sabido (pelo menos desde o filme da Warner Bros com a Elisabeth Turner e o Richard Burton) mas tudo o que envolveu a série fez-me pregar ao televisor.

Para quem não esteve para estar as madrugadas preso ao segundo canal, aconselho o chamado dowload :)

Leva a minha chancela de aprovação.

Teimosia

Porque sou um gajo teimoso até nos sentimentos e porque contra todos os conselhos não consigo ser arrastado para fora deste estado de espirito, deixo a letra duma musica que alguém escreveu sobre mim (praí na altura em que nasci):


Childhood living is easy to do
The things you wanted I bought them for you
Graceless lady you know who I am
You know I cant let you slide through my hands

Wild horses couldnt drag me away
Wild, wild horses, couldnt drag me away

I watched you suffer a dull aching pain
Now you decided to show me the same
No sweeping exits or offstage lines
Could make me feel bitter or treat you unkind

Wild horses couldnt drag me away
Wild, wild horses, couldnt drag me away

I know I dreamed you a sin and a lie
I have my freedom but I dont have much time
Faith has been broken, tears must be cried
Lets do some living after we die

Wild horses couldnt drag me away
Wild, wild horses, well ride them some day
Wild horses couldnt drag me away
Wild, wild horses, well ride them some day
(e se não conhecem a musica é Wild Horses dos Rolling Stones)

Clip da musica aqui.

Parabéns

Ao Bruno que se casou no fim de semana e fica aqui a musica que eles escolheram e que realmente eu gosto muito.



(gosto principalmente pelo conceito de se encontrar aquela "she" que nos complementa, ou pelo menos que pensamos que nos vai completar)

#131

And I stare at you / You wear nothing but you / Wear it so well
(Dave Matthews - Crash into me)

Decidi partilhar aqui esta frase que parece sempre saltar do meio da música para me ecoar na cabeça.

Filmes europeus

Para todos aqueles que me "acusam" de só gostar de filmes europeus, deixo a resposta em forma de video da Comissão Europeia. Sim confirmo que gosto muito de ir ver o cinema europeu e por causa disso reconheço bastantes imagens do clip....



Muito bom e essencialmente um excelente sloggan final. Mostra da emancipação cultural da Europa, livre de preconceitos bacocos.