Wednesday, May 30, 2007

Ponto alto

...como tantos outros pontos altos do concerto de sexta da Dave MAtthews Band.
Mas esta música foi pedida pelo publico e houve delirio desde o primeiro acorde (ainda eu não fazia ideia do que ia tocar) e hoje fui "busca-la" ao youtube. Claro que algumas almas caridosas fizeram o seu upload.
Gordinho esta é mesmo uma versão monstruosa de uma grande canção.


Estava lá o Tom Morello a bombar forte e para os que tiverem paciência para ver como eram tocadas as musicas veja este video da mesma musica.

E para quem quiser seguir a letra:

Come and see
I swear by now Im playing time
I against my troubles
Im coming slow but speeding
Do you wish a dance and while im
In the front
The play on time is won
But the difficulty is coming here
I will go in this way
And find my own way out
I wont tell you to stay
But Im coming to much more
Me
All at once the ghosts come back
Reeling in you now
What if they came down crushing
Remember when I used to play for
All of the loneliness that nobody
Notice now
Im begging slow Im coming here
Only waiting I wanted to stay
I wanted to play
I wanted to love you
Im only this far
And only tomorrow leads my way
Im coming waltzing back and moving into your head
Please, I wouldnt pass this by
I would take any more than
What sort of man goes by
I will bring water
Why wont you ever be glad
It melts into wonder
I came in praying for you
Why wont you run
In the rain and play
Let the tears splash all over you

Afinal...

Ontem das poucas coisas que fiz foi ver a MTV...(sem juizos de valor mas entretanho-me com coisas como o "Pimp my ride").

Lá estava a agenda Coca-Cola a falar qualquer coisa sobre os Toranja e o Brasil e pelo que percebi um novo evento de Toranja no Brasil.

Ora eu já aqui escrevi a minha tristeza sobre a sua hibernação, fiquei a pensar (contente) que estariam a voltar lentamente às lides dos concertos.
Hoje nas buscas na net verifiquei um deserto de informações, muito pior que o da Margem Sul, nada de nada, Brasil só no ano passado, Agenda Coca-Cola nem pó de informação e no site oficial a confirmação que nada...nada de nada.

Devo ter sonhado. Devia ter antecipado que não seria assim . Ficam as recordações de Maio e Novembro do ano passado e a tristeza já indicada neste blog. Isto de jogar à bola faz-me chegar a casa num fanico....sonhei.

...E na realidade agora já vêm tarde por isso apareçam quando quiserem, não se preocupem, trabalhem a solo (como está o Tiago a fazer), vão vendendo discos e tal...Um dia voltem só para lembrar.

Monday, May 28, 2007

Eu estive lá – 25 de Maio de 2007

Às 6h15 já estava a antecipar o que haveria de ser...Sair, apanhar o metro, mas que Metro? Por que linha ir, bem era melhor despachar, apanhei o Camarada Pedro a sair e vai de boleia para Sete Rios que bem precisava. Deixo uma nota de agradecimento para a boleia e o knowledge de que para ir para a Expo é bem melhor apanhar o Metro em Telheiras...Quando se vai de Sete Rios à Baixa para mudar para a Expo...Bem que se lixe, a razão da ida é bem melhor e encontrei logo gente que tinha chegado de camioneta e estava a curtir a paisagem em Lisboa, todos a caminho do mesmo.

Chegar à Expo, atravessar o Vasco da Gama, sair em frente ao pavilhão, encontrar a molhada toda à espera dos amigos, encontra-los e entrar....Mesmo à cromo entrar logo cedinho para não perder pitada. Uma surpresa, tocava Led Zepplin baixinho enquanto eu estava ali à espera do “concerto”. Reparei que na plateia estava tão pouquinha gente e na bancada então, bem era só espaço.

Eram 8 da noite e tal como estava no bilhete vieram uns vultos a descer pelo tunel de acesso e sobe um senhor ao palco que até à distancia que estava aparentava ser o Dave Matthews e não é que era mesmo, estava em traje de concerto que é o mesmo que dizer que estava de camisa e calças normais e do microfone nos dá as boas noites e atira um: “You probably know him from bands like Rage and Audioslave. Ladies and Gentleman, Mr Tom Morello” (ou algo assim)... e lá vem o guitarrista dos Rage com uma viola acustica e uma gaita, muito saudado pelo próprio Dave Matthews e pelo publico que ali estava, baixaram as luzes (ficou a luz natural que entrava no pavilhão) e começou o concerto.

O Tom Morello tocou musicas retiradas do album One man revolution e mostrou como ainda se faz musica de intervenção nos EUA. Gostei de o ouvir, as letras de luta têm um apelo especial, o senhor tem boa voz para elas e toca guitarra como se quisesse partir as cordas todas de uma vez, mas soa bem. Muito português a ser falado e no fim uma sensação de que o senhor é um bom sucessor para Bob Dylan e outros senhores que se preocupam com as lutas que os rodeiam. Para quem me acompanhava foi um bocado frouxo, realmente foi muito calmo e concordo que o senhor que é um mago da distorção e do som poderoso da guitarra electrica fica limitado quando não tem aplificadores, mas portou-se bem, toca muito bem e as letras valeram muito...Uma frase ficou na memória: “...If you take a step towards freedom, it will take two steps towards you...”

45 minutos de musica e depois intervalo, Bob Marley nos altifalantes, pavilhão a encher , cerveja, cervejas, conversa, riso, nervoso miudinho na antecipação do que aí vinha controlado pelo som reggae que ia animando as coisas.

9 da noite, 21 horas GMT (mais uns pozinhos) e estavam os senhores a entrar no pavilhão com uma ovação brutal....O eco que se fazia sentir aumenta sempre estas ouvações e claro que isso deve impressionar, 7 senhores sobem ao palco, olham para a moldura humana e param. Realmente eu só me lembrava do pessoal me dizer que o pavilhão não enche até ao fim, mentira em DMB encheu e ficaram pessoas até ao fim da plateia. Cá em cima tudo muito mais composto e máquinas de fotografar e telemoveis por todo o lado e captar o momento.

7 pessoas em palco, 3 pretos e 4 brancos, guitarra, baixo, bateria, piano, violino, trompete e saxofone...Aos seus lugares, get set, vai começar.

Primeira musica “Everyday”, fixe conhecia e cantei e achei que tinha começado bem, a voz dele não se percebia e os instrumentos estavam meio misturados mas que se lixe, estão lá “engenheiros” para resolver os problemas do som, é sempre assim. A segunda música foi o “Dream Girl”, não estava à espera, não valeu, apanharam-me de surpresa, caraças...foi bonita e cantei, era dos que conhecia a letra e a musica é bonita, não resisti à lágrima porque doí muito e não espera que me tocasse tanto ouvi-la...bem passou e venha a próxima, por aquela altura podiam tocar o que quisessem que eu estava rendido, para mim o concerto seria excelente.

Tocaram e tocaram e epá são muito excelentes. 7 pessoas em palco, 7 musicos em sintonia a tocar e a improvisar ou se calhar não mas a rimar os insrumentos de forma que não deixava de impressionar. As musicas alongavam-se, a voz dele aparecia cada vez melhor e o concerto foi subindo de tom duma forma que apenas posso considerar brutal. Fosse o moço do violino com espasmos mas a dar um show de musica, fosse o Dave Matthews a cantar e a tocar com a a alma, ou o baixo ou os teclados, os sopros ou o enorme baterista (Carter Beauford) a tocar e a mandar naquela malta toda.

Sobe o Tom Morello ao palco e vêm duas musicas arrebatadoras: #41 e American Baby. Delirio total, o publico ouvacionava cada musica, mas parava para os ouvir, porque realmente era um previlégio estar lá a ouvi-los. O #41 deixou as pessoas ainda mais loucas porque tinha sido pedido por muita gente e lá se tocou, com o Tom Morello a mostrar a mestria também para viola acustica. “Obrigado” dizia o Dave e perguntava-se porque que raio não tinham vindo, nós também...

Com toda a plateia totalmente rendida, começou o “Ants Marching” enorme versão, excelente versão e toda a gente a cantou....Depois disto o adeus e o sair de palco com muitos sorrisos e uma dezena de “paus” de bateria a voar para o publico.

Claro que nem as luzes se acenderam, nem as portas se abriram, nem o publico parou de gritar e de aplaudir (aplaudir cansa, depois de terminado o concerto) .

Voltaram o senhores, mais loucura, sobe o Dave Matthews e debaixo de uma luz laranja empunhando uma violada atira-nos o “Gravedigger”; é muito poderosa esta musica, mais lágrimas, sinceras, porque a morte é definitiva, é certa e nada se pode fazer contra ela...Musica muito poderosa para abrir um encore muito bom. Muita musica depois (embora fossem só 2 musicas) veio o “Stay” e aquela é a forma de eles acabarem os concertos.

Até poderia ser assim se depois da saida o Pavilhão Atlântico não tivesse ficado lá a aplaudir e a gritar e mesmo com as portar abertas ninguém saíu. Eu também lá fiquei à espera que as luzes se acendessem e pronto se acabasse...não de novo se viram os vultos a chegar e a subir e sim a Dave Matthews Band voltava para um rarissimo segundo encore. Bastou o “Dont drink the water” e o “Rapunzel” para que se fechasse em excelencia um concerto memorável. São sete senhores demasiado bons que deixaram 3h30 de musica nos ouvidos e que realmente acabaram comigo, foi demais.

À saida ficam aquelas sensações de: 30 euros tão bem gastos e que musicas tão ricas e tão bem tocadas ao vivo, nem me importo de não as conhecer em disco nenhuma musica ficou pior naquela intrepretação.
Na realidade fica a sensação de que estive lá e foi muito bom. Fica o alinhamento e uma foto :


Fri 25 May – Dave Matthews Band, Tom Morello

Everyday *
Dream Girl *
Crash Into Me *
Hunger For The Great Light *
Louisiana Bayou *
When The World Ends *
Grey Street *
The Idea Of You *
So Much To Say *
Anyone Seen The Bridge *
Too Much *
Sister + Lie In Our Graves *
#41 *
American Baby Intro *
Two Step *
Ants Marching *
________________
Gravedigger + Jimi Thing *
Stay (Wasting Time) *
__________________
Don’t Drink the Water *
Pantala Naga Pampa *
Rapunzel *

Thursday, May 17, 2007

Bloqueios

A minha capacidade de postar (leia-se postar como acto ou acção de editar um "post") foi reduzida na capacidade de introduzir imagens.

Desta forma, como estava a escrever um post sobre comer cobra e perde-se a piada sem ver as fotos, adio sine die a publicação do mesmo.

Até lá, fiquem bem.

Monday, May 14, 2007

Menina dos meus sonhos...

DreamGirl
(...)
I was feelin’ like a creep
As I watched you asleep
Face down in the grass,
in the park, in the middle

of a hot afternoon
Your top was untied
And I thought how nice
It’d be to follow the sweat down your spine


You’re like my best friend
and after a good, good drunk
You and me wake up and make love after a deep sleep
Where I was Dreamin’, I was Dreamin’ of a
Dreamgirl, Dreamgirl, Dreamgirl, Dreamgirl

(...)

Até pode parecer parva, mas esta letra chamou-me logo à atenção quando andava aqui a usar os Dave Mathews Band para me concentrar no trabalho.

Por isso ponho aqui para homenagear a menina de meus sonhos...esta fez-me pensar em ti.

Séries

Neste momento tem-se assistido a um fenómeno curioso na televisão: as séries estão de volta muito boas e muito poderosas na forma de agarrar fãs à televisão...Bem a diferença desta para as décadas anteriores é que o pessoal também se agarra ao computador e sempre vai sacando episódios mais avançados (um pouco como ler a TVGuia no meu tempo para saber o que ia acontecer durante a semana na telenovela), coisa que acho que é até positivo...põe-se o mundo todo mais ou menos em sincronismo.
Claro que eu tenho as minhas favoritas:


o Dr. House (revolucionária abordagem às series de médicos)
e esta que vi e me agarrou brutalmente (até pela hora de exibição na :2)


Esta série Rome passou da forma que acho melhor para ver séries: diariamente (1~2 episódios dia). Não enche e nem deixa aquele sabor de: porra agora tenho esperar uma semana.
Nota: tanto uma como outra dão tarde pra car...

Jogos

Alguém ainda se lembra e me pode ajudar a dizer à malta mais nova, os numeros do jogo do "bate-pé"?

Thursday, May 03, 2007

25 de Abril sempre...e mais umas coisas


Para aqueles que nunca souberam o que foi e aqueles que dizem que está tudo mal e os que acham que faltam 20 Salazares , os que não ligam, deixo o meu sentimento:

25 de Abril sempre... nem que seja para se ouvir estar baboseiras na rua sem direito a repressão.

Obrigado aqueles que nos deram a situação unica de fazer uma revolução sem mortos (com um, ali entre duas urbanizações de luxo no Chiado, quando os Pides decidiram que até deviam disparar sobre as pessoas na rua) e uma das unicas revoltas de esquerda feita por militares regulares...Somos diferentes e com o que se comemora neste dia somos também livres

Para comemorar esta data lembrei-me do poeta Ary dos Santos pois foi provavelmente o último a cantar a revolução na poesia com a força merecida. Mas para mim ele é a pessoa que juntou as palavras neste poema especial:


Estrela da Tarde

Era a tarde mais longa de todas as tardes que me acontecia
Eu esperava por ti, tu não vinhas, tardavas e eu entardecia
Era tarde, tão tarde, que a boca, tardando-lhe o beijo, mordia
Quando à boca da noite surgiste na tarde tal rosa tardia

Quando nós nos olhámos tardámos no beijo que a boca pedia
E na tarde ficámos unidos ardendo na luz que morria
Em nós dois nessa tarde em que tanto tardaste o sol amanhecia
Era tarde de mais para haver outra noite, para haver outro dia

Meu amor, meu amor
Minha estrela da tarde
Que o luar te amanheça e o meu corpo te guarde
Meu amor, meu amor
Eu não tenho a certeza
Se tu és a alegria ou se és a tristeza
Meu amor, meu amor
Eu não tenho a certeza

Foi a noite mais bela de todas as noites que me adormeceram
Dos nocturnos silêncios que à noite de aromas e beijos se encheram
Foi a noite em que os nossos dois corpos cansados não adormeceram
E da estrada mais linda da noite uma festa de fogo fizeram

Foram noites e noites que numa só noite nos aconteceram
Era o dia da noite de todas as noites que nos precederam
Era a noite mais clara daqueles que à noite amando se deram
E entre os braços da noite de tanto se amarem, vivendo morreram

Eu não sei, meu amor, se o que digo é ternura, se é riso, se é pranto
É por ti que adormeço e acordo e acordado recordo no canto
Essa tarde em que tarde surgiste dum triste e profundo recanto
Essa noite em que cedo nasceste despida de mágoa e de espanto

Meu amor, nunca é tarde nem cedo para quem se quer tanto.


E este poema é demasiado especial para não estar aqui, para não ser entregue, lido, dedicado, declamado, oferecido, vivido, sentido, sofrido...lembrado, vivido.


O Bruno Nogueira no seu blog (o primeiro hit do Goggle para Estrela da Tarde) diz uma coisa bonita: Mais do que um poema a rasgar os limites do bonito, é muito, muito mais que isso.

Ó Bruno é tão mais que isso...

... e meu amor, nunca é tarde nem cedo para quem se quer tanto.

Sabia muito bem e fdx já tenho tantas saudades

Quase Perfeito
Donna Maria
Composição: Letra: Miguel A. Majer, Música: Miguel Rebelo

Sabe bem ter-te por perto
Sabe bem tudo tão certo
Sabe bem quando te espero
Sabe bem beber quem quero


Quase que não chegava
A tempo de me deliciar
Quase que não chegava
A horas de te abraçar
Quase que não recebia
A prenda prometida
Quase que não devia
Existir tal companhia

Não me lembras o céu
Nem nada que se pareça
Não me lembras a lua
Nem nada que se escureça
Se um dia me sinto nua
Tomara que a terra estremeça
Que a minha boca na tua
Eu confesso não sai da cabeça

Se um beijo é quase perfeito
Perdidos num rio sem leito
Que dirá se o tempo nos der
O tempo a que temos direito
Se um dia um anjo fizer
A seta bater-te no peito
Se um dia o diabo quiser
Faremos o crime perfeito


Para descubrir aqui

(Já vai muito tempo sem esta sensação de ter de bloggar alguma coisa. Estes senhores fizeram isto. Uma musica excelente duma banda surpreendente pelo menos na nossa terra e ali ao vivo... Mas principalmente esta musica, que com um piano e uma voz faz toda a diferença e me pôs o nó na garganta, a vontade de baixar a cabeça, agarrar a garrafa de Abadia e pensar: fdx tenho saudades, tantas...tanto)

Epá estava a ler a ultima entrada deste blog e a pensar em tudo o que já se passou desde então:
Um 1º de Maio, um 25 de Abril, uma viagem à China, filmes, livros, projectos e mais muito mais...mas uma coisa fez-me ter vontade de escrever: uma música.